Congregações Católicas, Educação e Estado Nacional

Congregações Católicas

Os dados aqui oferecidos aos pesquisadores e interessados no tema em estudo são produto do Projeto Temático: Congregações Católicas, Educação e Estado Nacional, desenvolvido no período de 2012/2017, coordenado pela professora Agueda Bernardete Bittencourt, apoiado pela Fapesp.

Este projeto tratou da emigração de congregações religiosas para o Brasil, desde o final do século XIX até meados do século XX. Examinou alianças, disputas e acordos que oportunizaram o deslocamento dessas congregações europeias, suas relações com o projeto da Igreja Católica para o Brasil, com o processo de romanização da própria Igreja e com os projetos políticos das próprias congregações em fase de internacionalização. Analisou os efeitos da chegada de congregações religiosas no País, no momento de construção do Sistema Nacional de Educação, de lutas pela laicização do Estado e da sociedade e de configuração das cidades modernas. Tem seu foco central na educação, entendida como processo de socialização de recém-chegados – crianças e estrangeiros. Educação que se estende para além da escolarização, e é marcada pela vida urbana, pela estética da cidade, pelos objetos da cultura – edifícios, livros, estruturas empresariais, artes - e pelas linguagens. A Igreja Católica, e as congregações religiosas em particular, estabeleceram marcas profundas no processo de educação, urbanização e modernização brasileira iniciado com a República., anônimos, pela cidade que já incorporou igrejas e colégios à estética urbana.

Outros resultados do Projeto podem ser encontrado especialmente: no Dossiê “Catolicismo e Formação Cultural”, Pró-Posições (UNICAMP. Impresso), 0103-7307, v.25, n 72; Dossiê Políticas Católicas: educação, arte e religião. Revista Brasileira de História da Educação,Revista Brasileira de História da Educação, Campinas-SP, v. 15, n. 2 (38), maio/agosto 2015. Link: www.rbhe.sbhe.org.br; Dissiê Empreendimentos sociais, elite eclesiástica e congregações religiosas no Brasil República: A arte de “formar bons cidadãos e bons cristãos”. Revista Pro-Posições (UNICAMP. Impresso), 0103-7307, v. 28, n 3,  set/ dez  2017.

Sobre o Banco de Dados

Imigração e Catolicismo

O banco de dados sobre as congregações atualmente conta com 590 congregações,a maioria das quais ainda exerce atividades no Brasil. Destas congregações, 485 são femininas e 104 masculinas. Do total de congregações, 91 foram fundadas no Brasil, e o restante em 38 países estrangeiros diferentes. Das congregações cujos países de fundação puderam ser discernidos, há oito que possuem mais de dez congregações no país, compondo 87% do total: Itália, Brasil, França, Espanha, Alemanha, Bélgica, Holanda, e EUA. Ainda sobre as origens das congregações, há além das informações temporais e geográficas (país, província/estado/região e cidade de fundação) listagens do número e gênero dos fundadores, e se estes possuíam postos na hierarquia eclesial ou se foram declarados santos pela Igreja católica, e, quando possível, as datas de aprovação como congregações de direito pontifício ou diocesano, e de suas constituições. Outras informações gerais sobre as congregações disponíveis nos mapas são a família espiritual a qual pertencem, a atual situação canônica e estilo de vida.

Quanto a sua atuação no Brasil, no campo de informações quantitativas há informações sobre as datas de chegada no país, local inicial de instalação (estado e cidade), o número e graduação dos fundadores, o número de casas e membros (e suas graduações) atualmente presentes no Brasil e em que estados estão. Quando possível, há informações sobre casas do país que foram fechadas. Paralelas a estas, há informações sobre o número de casas e membros no mundo, e os países nos quais a congregação atua.

As informações qualitativas presentes no banco de dados estão dentro das seguintes categorias: Carisma, Missão da congregação em sua fundação e atualmente, os motivos da vinda da congregação para o Brasil, e os trabalhos/obras pelos quais a congregação é responsável.
 

Sobre as fontes

Inicialmente o banco de dados foi alimentado com informações obtidas das próprias congregações por meio de  formulários que foram enviados a elas. No entanto, em muitos casos não foi possível enviar os formulários, ou os mesmos não foram respondidos e devolvidos pelas congregações, e portanto foi decidida a busca de informações via internet, nos sites das próprias congregações ou sobre elas. Foi dada precedência às informações de fontes cuja origem são as próprias congregações, ou relacionadas à Santa Sé e seu aparato administrativo (dioceses, arquidioceses), mas em muitos casos as informações desejadas foram encontradas somente em sites de autoria de terceiros. A grosso modo, a escala de preferência foi: Sites das congregações > Sites ligados à Santa Sé (Santa Sé, dioceses, etc.) > Sites de instituições terceiras (Wikipédia, Bibliotecas/Arquivos) > Outras fontes. Nos casos onde houve dificuldade ou dúvida, há normalmente notas explicativas. É possível que as fontes já não estejam disponíveis por inúmeras razões - caso isso aconteça, é aconselhável buscar por uma cópia arquivada do site em: archive.org ; em muitos dos casos existem cópias do site arquivadas.

 

Sobre a listagem de congregações

A listagem básica de congregações que foi consultada para a realização do banco foi o Anuário Católico 2015, apesar de haver algumas congregações que constam no banco que estão no banco de dados. O AC2015 (como foi abreviado no banco) foi utilizado também como fonte de padronização dos nomes das congregações, para facilitar a verificação dos dados na fonte, caso seja necessário. Nos casos onde não havia registro no AC, foi utilizado o nome disponibilizado pela congregação. Nomes alternativos foram listados em uma coluna à parte, inclusive aqueles que foram fornecidos nos formulários preenchidos pelas congregações. Ali também estão os nomes populares ou antigos pelos quais a congregação foi conhecida.

 

Sobre as informações

Como notado no tópico sobre as fontes, nem sempre foi possível encontrar fontes das próprias congregações para o preenchimento, portanto sempre que possível nos campos quantitativos (datas, dados numéricos em geral) foi dada a preferência para uma ou outra fonte, em geral o AC 2015. Nos casos de conflito de dados, tentou-se adicionar notas explicativas que esclareçam os problemas. Foi dada preferência para citações diretas dos próprios sites, mas nos casos onde foi impossível ou inviável citar diretamente, seja pela extensão do texto contendo a informação, seja por ela estar espalhada em várias fontes, há textos de autoria dos responsáveis pelo preenchimento do banco, elaborados de forma sucinta.

 

Abreviações, siglas, notações.

Colchetes (“[ ]”) foram usados para indicar as fontes das informações. Chaves (“{ }”) são usadas em citações para adicionar informações necessárias/complementares para o texto preenchido, ou para indicar fontes em blocos de texto que não foram citados diretamente das fontes. Segue uma listagem de abreviações usadas no banco de dados.

Sigla Significado Sigla Significado
AC "Anuário Católico", em geral seguido do ano de publicação AC "Aprovação das Constituições"
N/A "Não se aplica" DL "Decretum Laudis", "Decreto de Louvor"
N/E "Não encontrado" DE Direito Eparquial
N/I "Não Informado", no caso de congregações com formulários preenchidos. VA Vida Ativa
[F] "Formulário", indica que a informação vem dos formulários devolvidos pelas congregações VC Vida Contemplativa
[?] Indica que a informação tem fonte desconhecida/incerta. VM Vida Mista
DD "Direito Diocesano" CLE Vida Clerical
DP "Direito Pontifício"    

   

 

Sobre a tradução de informações

Para a maioria das línguas das quais informações foram traduzidas não foi necessária a utilização de meios de tradução mecânica (Google Translate). Estas línguas incluem o inglês, francês, alemão, e espanhol. Para algumas foi necessária alguma utilização de tradução mecânica - italiano e holandês/flamengo. Para um último grupo não foi possível obter informações senão por meio da tradução por meios mecânicos: ucraniano, polonês, húngaro, árabe, japonês. Em todos os casos onde a tradução mecânica foi utilizada, o resultado foi revisado, e preferiu-se traduzir primeiro para o inglês, e então para o português nos casos onde não havia conhecimento da língua original. A razão disto é evitar problemas de tradução mecânicas “dupla”, da língua-alvo para o inglês e então do inglês para o português, que acontecem quando não há uma base para tradução direta para o português; isto evitou a perda de sentido que a tradução dupla de palavras de sentido múltiplo ou ambíguo poderia causar ou formações gramaticais truncadas.

 

Clique aqui para acessar o banco de dados das congregações religiosas.